16.9.12

A Confederação do Equador

   O autoritarismo de D. Pedro I era duramente criticado em várias províncias brasileiras. Em Pernambuco, dois jornais, A Sentinela da Liberdade, de Cipriano Barata, e Tífis Pernambucano, de Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, faziam forte oposição a D. Pedro I. Frei Caneca dizia: "[...] o poder moderador [...] é a chave mestra da opressão da nação brasileira". 
   Além disso, na época, uma crise econômico-financeira atingia todo o Nordeste devido à queda nos preços externos do açúcar, do fumo, do algodão e dos altos impostos cobrados pelo governo de D. Pedro I; ao mesmo tempo, as altas constantes no preço dos alimentos e dos aluguéis castigavam a população pobre.
   Nesse clima tenso, D. Pedro I demitiu o presidente da província em Pernambuco; os pernambucanos reagiram prontamente: romperam com o Império, proclamaram uma república (em 2 de julho de 1824) e formaram uma Junta Governativa. A jovem República foi apoiada por revolucionários de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, recebendo o nome de Confederação do Equador. 
Ficheiro:Confederação do Equador.png
Mapa da Confederação
                               
   Alguns líderes rebeldes, como Frei Caneca e Lázaro de Souza, defendiam o fim da escravidão; a maioria deles, porém, era escravista. Isso dividiu e enfraqueceu a liderança do movimento. Os grandes proprietários, assustados com a ideia de libertação dos escravizados, foram abandonando o movimento. 
Junta Governativa durante a Confederação do Equador
                             
   Para reprimir a revolução do Nordeste, D. Pedro I conseguiu com banqueiros britânicos um empréstimo de 1 milhão de libras e organizou poderosas forças militares, comandadas pelo almirante britânico Thomas Cochrane (por mar) e pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva (por terra).
   Embora com poucas armas e sem navios, os nordestinos resistiram quase dois meses. As forças imperiais, principalmente os mercenários britânicos, cometeram muitas violências em Recife, matando populares e incendiando casas, mesmo depois de terem vencido a guerra. Vários líderes rebeldes foram condenados à morte; Frei Caneca foi fuzilado. 
frei caneca
A execução de Frei Caneca
   D. Pedro I cada vez mais impopular

   Depois da brutal repressão à Confederação do Equador,a oposição a D. Pedro I aumentou mais. Além de autoritário, ele mostrava-se incompetente para resolver a crise econômico-financeira que o país atravessava. Ano após ano, a balança comercial brasileira apresentava-se negativa, ou seja. o valor de gasto com as importações era superior ao ganho com as exportações.
   Para fazer frente a suas despesas, o governo de D. Pedro I pedia empréstimos aos bancos estrangeiros e emitia moeda. Isso gerava inflação. Conforme o preço dos alimentos e dos aluguéis subia, diminuía a popularidade do imperador. Em 1829, como reflexo dessa crise, o Banco do Brasil, fundado na época de D. João VI, entrou em falência.

3 comentários:

  1. esse site é mt gay, n tem como levar a sério, mas o texto foi mt explicativo.

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  2. adorei o site muito fofo xonada

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  3. Oque ocorria no nordeste

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