9.9.12

Revolução do Porto

   Enquanto D. João VI e sua comitiva  desfrutavam de privilégios no Rio de Janeiro, os portugueses que haviam ficado em Portugal reclamavam das atitudes do rei, da perda do mono pólio do comércio brasileiro e da intromissão inglesa nos assuntos portugueses. Essa insatisfação  explodiu, em 1820, num movimento conhecido como Revolução Liberal do Porto. Os revolucionários portugueses convocaram eleições para as Cortes. A maioria dos deputados das Cortes portuguesas decidiu que D. João VI devia voltar imediatamente para Portugal, com seus poderes limitados por uma Constituição.
As Cortes portuguesas
    No Brasil, havia dois grupos políticos principais: um formado por militares e comerciantes portugueses que apoiavam a volta de D. João VI para Portugal, chamado de "partido português"; outro, composto de fazendeiros, comerciantes e altos funcionários (brasileiros e portugueses), favorável a que D. João VI permanecesse no Brasil, chamado de "partido brasileiro". Liderado por homens como Gonçalves Ledo e José Bonifácio, o partido brasileiro lutava por maior autonomia para o Brasil no interior do Império português. Mas seus líderes discordavam entre si quanto ao projeto político: Gonçalves Ledo era favorável à proclamação da república e as eleições diretas. José Bonifácio temia as eleições diretas e acreditava que só a monarquia seria capaz de manter o Brasil unido.
   Pressionado por tropas militares portuguesas, D. João VI resolveu voltar para Portugal. Antes disso, porém, deixou seu filho Pedro como príncipe regente do Brasil e, assim, garantiu para sua família o governo do rico território brasileiro. 
   
 Fonte: BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História : sociedade e cidadania, 8°ano. São Paulo: FTD, 2009.

Nenhum comentário: