17.9.12

A questão da Cisplatina

   A Província Cisplatina (atual Uruguai) havia sido anexada ao Brasil por D. João VI. Os Cisplatinos, descendentes de indígenas e espanhóis, queriam libertar-se do Brasil. Em sua luta pela independência, conseguiram o apoio dos argentinos, que tinham interesse em dominar a região cisplatina. Com a ajuda dos argentinos, os cisplatinos dependente chamado República Uruguai. A guerra para impedir a independência da Cisplatina aumentou mais ainda as críticas a D. Pedro I.

Defesa da Corveta, em janeiro de 1827
           
 
A sucessão do trono português
 
   Quando D. João VI morreu, em 1826, deixou o trono português para seu filho, D. Pedro I. Este, no entanto, renunciou a ser rei de Portugal em favor de sua filha, D. Maria da Glória. Mas o irmão de D. Pedro I deu um golpe e usurpou o trono da sobrinha, proclamando-se rei de Portugal. D. Pedro I reagiu preparando-se milirtamente para reconquistar o trono português. Isso aumentou sua impopularidade. Os políticos brasileiros afastastaram-se dele, acusando-o de estar mais interessado nos assuntos de Portugal do que nos do Brasil.

   A abdicação de D. Pedro I

   As críticas ao governo de D. Pedro I circulavam na imprensa. Um de seus principais críticos, o jornalista Líbero Badaró, acabou assassinado em 1830, em São Paulo. Sua morte foi atribuída aos simpatizantes do imperador, e isso gerou protestos em todo país. D. Pedro I tentou visitar algumas províncias buscando recuperar seu prestígio, mas foi em vão; em Minas Gerais, o imperador foi recebido com protestos. Os sinos das igrejas mineiras tocaram o dobre de finados para lembrar ao imperador a morte do jornalista.
   Na volta da viajem que fez às províncias, D. Pedro I foi recebido no Rio de Janeiro pelos comerciantes portugueses com uma grande festa iluminada por muitas fogueiras. Daí ocorreram, de 12 a 15 de março de 1831,brigas de rua entre "brasileiros" e "portugueses", conhecidas como Noite das Garrafadas. Com o objetivo de recuperar seu prestígio, D. Pedro I  formou um ministério só com políticos do "partido brasileiro", mas as críticas continuaram aumentando. D. Pedro I decidiu, então, substituir o Ministério dos Brasileiros por outro, formado por seus amigos do "partido português". Diante disso, uma multidão de brasileiros saiu às ruas do Rio de Janeiro para exigir a volta do do ministério deposto.
   Pressionado por populares e por soldados, D. Pedro I abdicou, em 7 de abril de 1831. Deixou o trono brasileiro para seu filho, Pedro de Alcântara. Como o menino tinha apenas 5 anos de idade, o Brasil passou a ser governado por regentes. D. Pedro I voltou a Portugal disposto a reconquistar o trono português.

A abdicação de D. Pedro I
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